quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Janela do Céu

Verde musgo na parede rasga
A fotografia de um verso
Que a mão dela pintou

Pintei por dentro
O toque fino-dela
Traçando a moldura da tela que fomos

Verniz de suor esculturas vivas
Nesta janela pro céu
Que a ranhura da unha clama
O deitar de tantas noites
E o fogo...
Era ainda mais forte que o nosso fogão.