quarta-feira, 30 de novembro de 2011

NATAL

No jardim da nossa casa
Meu pai fez crescer um pinheiro
Que brotava luzes durante o natal
Elas ainda piscam saudade dentro de mim

Guardo o cheiro de cada prato
Da expressão dos rostos
Dos gestos e de todos os sorrisos
E ainda fico bêbado com cada taça daquele vinho

Depois que meu pai morreu Jesus nunca mais nasceu
Ele continua lá em casa chorando nossa nostalgia
Esperando a gente voltar com aquela alegria inteira
Rasgando todos os belos presentes
Com a boca suja de farelo da canela da rabanada

Que vontade de abraçar o natal.