A minha estrada é feita de sonhos
E seu traço riscado de criança
São como as casinhas de aquarela do jardim
Rabiscadas repetidamente iguaizinhas
Da paisagem faço a folha
E a terra descalça seus sapatos
Para o cimento cravar o tempo
E rasgar as vargens úmidas da poesia
Amarela casa dona de esquina
Com sua entrada de oitis
Bromélias e as flores que ganho
Do sonho para o papel
Da vida para terra
Do sangue para o cimento
A casa-poema
Assimétrica e tijuca
A casa das casas
A massa das massas
O verso dos meus versos.