Meu coração é uma amora
Que adoça delícias dentro do peito
E ganha as estrelas
Cortando o destino
Abrindo-me os versos
Vou por sua copa curta
De espinhos esparsos
Em meio aos escombros
Onde broto sem mistério
Fruta selvagem
Com sua forma uva
Tom de graúna
Gosto de amor
Amor
Amora
Açúcar
Aflora.
A amoreira-silvestre é composta por longos caules curvos, com espinhos curtos, levemente encurvados. Quando os caules tocam no chão ganham frequentemente raízes laterais, dando origem a um novo pé de silva (reprodução assexuada), tornando-se uma espécie invasora persistente, colonizando vastas áreas por longos períodos. Tolera facilmente solos pobres, sendo uma das primeiras plantas a colonizar baldios e terrenos de construção abandonados. As suas folhas são palmadas, em trifólio (o limbo está dividido em três, ainda que se encontrem também divididas em cinco). As flores brancas ou rosadas, florescem de Maio a Agosto (no hemisfério norte), dando, após a frutificação, as amoras de uma cor vermelha e, depois, negra.