Como não te amar desde então?
Seu jeito urbano estrangeirado de enxergar as coisas
E por razão estranha sobre as gentes
Um olhar escondido de mirar a paisagem
De se opor as minhas investidas
Desafiei seus sentidos
Abrindo passagens
Derrubando portas
E sem repor dobradiça
Minha poesia morreu de dor
Saí gritando descontente
Engasgando saudade atravessada
O relógio continuou a rodar
Ciclicamente remontando o tempo
Voltei para derrubar mais portas
E nestes corredores percorridos
Onde as portas ruinam
Não posso consertar
Mas continuo rasgando
E rasgado
Estou neste instante...
Retalhado.