quinta-feira, 13 de junho de 2013

Retalhos

Como não te amar desde então?


Seu jeito urbano estrangeirado de enxergar as coisas

E por razão estranha sobre as gentes

Um olhar escondido de mirar a paisagem

De se opor as minhas investidas



Desafiei seus sentidos

Abrindo passagens

Derrubando portas

E sem repor dobradiça

Minha poesia morreu de dor



Saí gritando descontente

Engasgando saudade atravessada




O relógio continuou a rodar

Ciclicamente remontando o tempo

Voltei para derrubar mais portas

E nestes corredores percorridos

Onde as portas ruinam

Não posso consertar




Mas continuo rasgando

E rasgado

Estou neste instante...

Retalhado.