sábado, 10 de agosto de 2013

Árvores

Falam os pássaros
Cantam os eucaliptos
Poemam as vacas
Assobiam as corujas

Na roça
A poesia se escreve assim
O medo das serpentes
O canto das vertentes
Que rasgam o solo
E fecunda o canto das flores

O canto dos homens
Das corujas

Ah o vento soprando as árvores
Chocalho de cascavel
Conversa das folhas altas
Zombando das nossas atitudes

As árvores no cair da tarde...
Parecem Deuses
Grandes Deuses
E eles riem em coro

São todos debochados.