O aviso é matemática de fatos
O vulnerável destino sublime
Imagens de um tempo
Que um sem ontem levou
É dura a dor de estar a morte
Batendo um fio nas minhas encruzilhadas
Tortas
Com o destino a soprar a vela do meu coração
E a poesia num abraço vacilante
Tentando equilibrar o sabão da vida
É dura a dor de estar a morte
Chocalhando a vontade de samba
Que vive no menino de pé que visto
Viajando as fantasias de todos os carnavais
Nunca estive assim sem amor
Mataram-me todos
Roubaram minha história
Das minhas paisagens
Restarão apenas palavras
O poeta é fotógrafo de metáforas.