O ruído toma de assalto o silêncio
E se veste de poesia solta
Nos confins da madrugada
Poesia perdida dentro de si mesma
- Qualquer dia de lobo
Qualquer coisa como lágrima
Que desça de alguma tristeza
Querendo esconder-se por dentro
Quem dá a momentos de saudade
Sempre sabe a dor que espera
Está sempre estampado:
Um número estranho
Uma ligação incompleta
Um desencontro causado
A sensação de desagrado
De infinitas despedidas
Ah que perdição sem sal
Que preleção sem lastro
Em que me arrasto doído
Com um rio turvo arrastando lento.