Carlos de Itabira
Poesia de fazenda
Com o amor a rendar
Verso de coração
Vertente perigosa
Desapego e paixão
Carlos é Carlos
Sem profanas costuras
Tece o linho fino
E apura nossa postura
O amor em Carlos
É leve e sofrível
Amor vivido
Sem escárnios
Amor-amor
A casa com cara de gente
O mundo com jeito mineiro
A estética do poema frugal
Ah Carlos!!
Que delícia essa tua poesia
Com gosto de sorvete
E beijo em banco de praça
Amor ingênuo
Ainda que maturo
Amor progressista
Libertário
Amor vivido sem interesses
Amor social
O anticapital
Drummond sabia tudo
Escrevia sobre gentes e não pessoas
Mudou de Minas
Mas nunca mudou
Foi o mundo que o incorporou
Sujeito universal esse Carlos.