segunda-feira, 3 de julho de 2017

VELHAS PAISAGENS, ETERNAS PASSAGENS

O cheiro amadeirado do vinho
Sua embriaguez onírica
Sensação de paz e poesia

O poeta escultor de casas
Amante das serras e das estradas
De amores latinos
E jardins na alma

Incendiador, engaiola os gravetos
Na gaveta da lenha
Para dourar o alho na panela de pedra

Decorar as paredes
A vida
Transcender as paisagens

E traçar os versos dos traçados
Pois para haver poesia
Se faz necessário um vilarejo
Com cemitério, comércio e obreiros.