sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Templo

Há muito tempo minha boca não toca outra
Passo as tardes entre meus canteiros
Tijolos, madeiras, vitrines
Cervejas e novelas

Busco inspirações em doces
Concretos e frutas abstratas
E meus versos patinam no barro

Tem chovido todos os dias
Apesar do sol

Todos partiram
Conseguiram significados
E esta insignificância?

Passou meu tempo
Vegeto dos meus tropeços
Morro das minhas insônias.