quarta-feira, 13 de maio de 2015

O VENDEDOR DE VETORES

O passo, o espaço e cansaço
Tipografado no carimbo da sola
Desenhando o trilho curvilíneo
Que compõe o fotolito negativo
Revelador da impressão das dores

As cicatrizes como digitais
E a fotografia sepiada no portfólio
Compunha a arte simétrica do semblante
E a silhueta na ausência da luz
Era um traço triste, pois,
A infelicidade se esconde em euforia

Uma nova cidade
Novos compradores de tipos
Descobertas, desencontros


E a poesia apenas derrapou na curva.