terça-feira, 9 de abril de 2013

Chão


Se a poesia não fosse massa
O que seria do macarrão?
Se a poesia não for concreto
O que será do verso então...

Não concretamente sonora
Com suas pausas e joguetes

Mas com suas viradas do barro
Que sobe os tijolos do coração

Faço poema como faço casas
E abro a pizza como abro a estrada
Coloco a janela do sem fim
Serafim rasgando a terra
Dobrando o caminho
Que corta o amor

E faço o fogão cuspir fumaça
Porque ela faz a centelha
Da festa do chão.