As ruas da noite ganham abraços
E vidros embaçados
Depois das águas torrentes
Do mês de dezembro
A chuva que maltrata
Nos afaga
Despreocupadamente
A madrugada e os bichos da noite
Desgovernados e desalojados
E minha mão se ocupa apenas
Desta obra íntima
Que me liberta do desamor.